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ADVOGADAS: lugar de mulher é o de protagonista

Na advocacia, um cenário historicamente masculino, a cada dia as mulheres vêm lutando pela conquista de espaços. Em 2021, pela primeira vez temos a maioria de mulheres entre os profissionais do Direito, então, nada mais justo que a representação espelhe essa proporção.

Ao comemorarmos o Dia da Mulher Advogada, neste 15 de dezembro, é preciso refletir sobre onde chegamos, celebrar as conquistas e visualizar as batalhas que ainda serão travadas para o alcance do pleno reconhecimento e representatividade que a advocacia feminina merece.

A atual diretoria da Escola Superior da Advocacia (ESA-CE) assumiu o compromisso de paridade de gênero no início de sua gestão e vem cumprindo com efetividade, como mostram os números de palestrantes de 2021, contando com 986 mulheres e 955 homens, dentre os quais as ministras Carmen Lúcia, do STF; Delaíde Miranda Arantes, do TST; e a Dep. Estadual Augusta Brito.

A presença das mulheres é, ainda, imensa maioria entre os inscritos nos cursos da Escola que, neste ano, contou com 2.197 homens e 3.369 mulheres.

A representatividade cresce gradativamente e vem alocando mulheres em posições de liderança dentro do sistema OAB, onde muitas desenvolvem trabalhos de protagonismo, como presidentas das comissões temáticas.

Neste mês de dezembro, emblematicamente, temos a advogada Vládia Feitosa, primeira mulher presidindo a OAB-CE, em 91 anos de história. Comemoramos ainda, a recente eleição da advogada Christiane Leitão como vice-presidenta, quem há muito tempo leva a voz das mulheres por meio de seu trabalho desenvolvido na Comissão da Mulher Advogada, junto a um grupo incansável de advogadas membros da comissão. Tudo isso acompanhada pela tesoureira, 44 conselheiras estaduais e três federais.

No cenário nacional, firma-se igualmente a liderança feminina, quando cinco seccionais escolheram presidentas mulheres para o comando da categoria no triênio 2022/2024, dentre elas a OAB/SP, com Patrícia Vanozili na liderança da maior seccional do país.

Muito já se fez e são relevantes as conquistas, o que não nos faz descansar, senão, impulsionar a luta pelas mulheres na advocacia e na sociedade civil.

Érica Martins
Advogada e Tesoureira da ESA-CE